sábado, 15 de outubro de 2011

Ao meu bom amigo...


Olá, meu bom amigo.

Quanto tempo se passou!
Há tanto o que lhe perguntar... Como está sua vida, o que tem feito dos seus dias...
Mas penso não ser apropriado no momento, pois esse famoso clichê sempre me deu a sensação de uma conversa aleatória...

Então deixo as perguntas de lado para poder expressar o que venho tentando há anos...
Sim, há tempos que tento escrever-lhe e já perdi as contas das vezes que peguei essa caneta e removi do meu baú aquele bloco de folhas decoradas que usava apenas para ti, como um tributo a sua amizade.

Mas aqui estou agora, não é? Na tentativa de dizer-te que sinto sua falta. De dizer-te que preciso de ti mais do que nunca... A solidão tem assolado meus dias de forma tal que me peguei relembrando daquela sessão de fotos engraçadas e descontraídas que propomos anos atrás.
Mas por favor, não pense que vim ao seu encontro, mesmo que nessas linhas, por causa da solidão dos meus dias.

Venho porque me é caro. Venho porque não consigo compreender o que nos separou. Embora o 'tempo' tenha sido a força motriz da nossa vida, não posso deixar de crer que esse mesmo tempo passou de forma diferente para nós dois...

Ah, meu bom amigo... Como precisei de ti nesses dias. Como ansiei pela sua presença e até pelo seu silêncio... Senti saudade de quando éramos completos apenas por estarmos juntos. Quando os 'problemas' não eram maiores que a nossa força para vencê-los. Quando fraquejar era algo inadmissível...

Meu bom amigo, andei por caminhos tão diferentes do que havíamos planejado. Lembro-me ainda do nosso plano de união e até do pacto simbólico que fizemos sobre a promessa de amizade acima de qualquer circunstância. Lembro também das suas vitórias, das suas lágrimas etéreas e da força que preenchia seu coração.

Estou aqui, meu amigo, diante de ti e com o coração aberto. Na esperança de que possa atingi-lo com minhas palavras que estão longe da dignidade que merece. No aguardo do seu retorno. Ou que pelo menos possa saber que sempre ei de te esperar...

De sua sempre amiga.
A.

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