sexta-feira, 29 de outubro de 2010

...Reflexões internas...




Acontecem assim. De repente. Sem aviso prévio. Sem dizer: "vou mudar sua vida e não há nada que você possa fazer."


Quanta mentira reunida num só lugar. Quanta falta de decisão. Quanta hipocrisia..




Mas, da mesma forma, acontecem assim. De uma hora para outra. Quando menos se imagina, menos se espera. O mundo dá voltas e você não tem tempo para firmar os pés em lugar qualquer...




Como seres humanos, temos o livre arbítrio para moldar o nosso futuro a forma que bem entendermos, devendo ser cultivado os bom valores éticos e morais... Enfim, de que adianta valer-me de conceitos-chave de cunho exclusivamente moralista e não exatamente prático?




Devo dizer que foi uma escolha impensada? Devo mover a terra sob meus pés, mesmo não tendo certeza se de fato ela está lá? Devo dizer: "não, obrigada, este não é o meu caminho"? Ou devo deixar de me precipitar e não ser conivente com o que um impulso vindo de não sei onde...?




Se ainda há o que dizer, as palavras passam por mim sem marcar-me significativamente. Se há algo a ser feito, o impulso que fará com que eu possa me mover ainda não alcançou-me.




Embora eu sinta falta de várias coisas, há algo que está aqui e não consigo ignorar. Frustração.


É o fim.

quarta-feira, 21 de abril de 2010



Estava eu em mais um dos meus devaneios...
Sem chegar a muitas conclusões, mas saboreando os momentos e dúvidas internas que insistem em perseguir e aproveitar a distração da mente sã.
Eis o devaneio.
Forma perfeita de libertação de todos os males. É o que penso.
Não tento, por estas linhas retas de pensamentos distorcidos, ludibriar ser vivente algum, mas há de se concordar com uma verdade universal...
O devaneio a que me refiro veio num segundo onde minha mão não necessitava riscar incessantemente o papel com a caligrafia fina, pequena e, como eu bem gostaria, indecifrável.
Foi num piscar de olhos que meus assuntos inacabados atingiram e dominaram o restinho do meu consciente racional.
Em questão de segundos eu senti o arrepio na pele, o fechar de olhos que antecede um momento memorável...
Numa explosão multidirecional, como uma supernova, preenchendo todos os espaços da minha vastidão e também do pequeno cômodo onde estava.
Veio de repente, sem mais avisos, conduzindo-me a lugares de beleza única, jamais passíveis a tradução para outros sentidos humanos que não os meus.
Foi ela que me conduziu.
Ela que me preencheu quando estava a caminhar perdida pelas galerias que possuo num mundo só meu, valendo-me de todo o individualismo e também do livre arbítrio para caminhar por onde quiser.
Foi ela e é só o que me resta dizer.
Embalando-me a alma em suas frequências de onda alternadas, formando vibraçoes em cordas e tecidos vivos. Soando suave e ainda assim vital tal qual o bater de um coração.
Foi ela e é só.
...A Música...
E então percebi.
Estava eu em mais um dos meus devaneios...